Intimidade dos lares da elite maia do século V se transforma em atração para turistas no México

Casas da elite pré-colombiana serão abertas aos turistas no México. Construções são as mais antigas criações do povo originário Itzá

ANA MOSQUERA - 24/03/2023

“É um museu de novidades a céu aberto”, afirma Wesley Espinosa Santana, historiador e professor do Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT) do Mackenzie, sobre a Arqueologia mexicana. O Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) acaba de divulgar “novas” formações no sítio de Chichén Itzá, na Península de Yucatán. São ruínas de residências do século V que teriam sido habitadas pela elite dos maias. Além da boa notícia de que a localidade estará aberta aos turistas a partir da metade do ano, a descoberta elucida a cultura dos fundadores da cidade, os Itzá. “Você vai voltar para o estilo que era realmente da região, que é o Puuc, composto por uma série de máscaras e figuras”, afirma Ana Raquel Portugal, docente de História da América da Unesp. Além disso, a localização das edificações denota a classe social dos que ali viviam: “Todo o entorno da praça é onde está o poder, tanto administrativo quanto religioso. Isso era tudo uma coisa só, porque era o sacerdote quem mandava”, diz. Outros dois fatores comprovam o estabelecimento dos mais ricos, possivelmente da linhagem Cupul: o glifo de coiote em um complexo funerário e a água.

“Onde tem uma fonte ou um rio, pode ter certeza que tem um grupo forte. Há um poder não só espiritual e militar, mas econômico. A sociedade maia era dividida em grupos sociais. Por ser um lugar rico em água, dá a ideia de ser um povo poderoso”, lembra Wesley. Os reservatórios conhecidos como cenotes seguem conservados, nos quais é possível realizar banhos até hoje. Itzá, inclusive, significa “feiticeiros da água”. Chichén Itzá recebe cerca de dois milhões de pessoas por ano, muitos deles ávidos por subir no famoso templo em formato piramidal, apesar da proibição. No final de janeiro, um polonês que tentou burlar a regra acabou ferido por outro visitante, foi preso e saiu sob fiança após pagar uma multa de R$ 1.360. O Kukulcán ou El Castillo, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, é Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Fonte: Intimidade dos lares da elite maia do século V se transforma em atração para turistas no México - ISTOÉ Independente (istoe.com.br)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LA LÁPIDA DE PAKAL REPOSA DE NUEVO SOBRE EL SARCÓFAGO

Las Piedras de Ica: cuando el hombre vivió entre los dinosaurios

Max Uhle