Arqueólogos encontram aldeia asteca perdida na Cidade do México; saiba mais.
12/08/2023
Uma aldeia Teotihuacan de 1.500 anos foi encontrada por arqueólogos no centro da Cidade do México. Entre os vestígios, eles localizaram túmulos humanos, cerâmica, elementos arquitetônicos e outros objetos da vila perdida que podem ser de 450 d.C. a 650 d.C.
No final de julho, o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) divulgou que uma equipe localizou um povoamento asteca no México, próximo ao Complexo Urbano Nonoalco-Tlatelolco.
As primeiras impressões dos arqueólogos foram surpreendentes, por causa dos objetos achados com características astecas, a 2,4 km do noroeste do centro histórico do país.
“A descoberta é rara porque ocorreu em um contexto totalmente urbanizado, onde a possibilidade de encontrar evidências arqueológicas associadas à cultura de Teotihuacan era muito baixa”, afirmou Juan Carlos Campos-Varela, membro da diretoria do Instituto Nacional de Antropologia e História.
A
descoberta arqueológica da aldeia perdida
A empolgante descoberta pode incentivar estudos sobre o passado da região mexicana, lançando explicações sobre as civilizações que já habitaram o país e o assentamento da rede de abastecimento local.
Além disso,
as cerâmicas encontradas indicam que as pessoas da antiga vila eram artesãos e
artistas, de acordo com Michael Smith, professor de arqueologia.
Entre 1960 e 1964, o mesmo povoado foi identificado pelo arqueólogo Francisco González Rul. Durante uma construção no centro do México, o pesquisador localizou objetos de cerâmica.
Agora, no período de março a junho de 2023, uma equipe do INAH realizou uma investigação no centro urbano de Nonoalco-Tlatelolco.
Assim, o local foi identificado como uma vila asteca devido ao conjunto de elementos arquitetônicos, como alinhamento das pedras, postes, poço artesiano e canaletas.
Cerâmica,
enterros humanos e objetos artesanais da vila
Outro
recurso de identificação do local perdido foram as cerâmicas e demais itens
artesanais, como estatuetas, objetos de pedra verde e oferendas funerárias.
Ao analisar o material cerâmico, a equipe sugeriu que pertencia a um povoado asteca que esteve na região por volta de 450 d.C. a 650 d.C.
Basicamente, os vestígios indicam que a aldeia asteca vivia da agricultura de subsistência, pesca e outros recursos do lago. “Com essas novas descobertas, foi consolidada e demonstrada a existência de uma aldeia de ocupação teotihuacán na área de Tlatelolco”, disse Campos-Varela.
Já os três enterros humanos, aparentemente, foram de dois adultos e uma criança ou indivíduo mais jovem. No local dos túmulos, os pesquisadores também acharam tigelas com aspectos astecas.
Por fim, a área da descoberta ainda está sendo acompanhada por especialistas. No entanto, as escavações já foram finalizadas e o material coletado está sendo analisado pelos arqueólogos.
Para os
registros históricos, a aldeia perdida de 1.500 é um marco dos trabalhos
arqueológicos no México. Do mesmo modo, ela exemplifica a importância de
preservar o patrimônio cultural de um povo para as gerações futuras.
Portal R7
Comentários
Postar um comentário