Os principais sítios arqueológicos pré-coloniais do Brasil (Parte 03)
Este artigo foi escrito por Joelza Ester Domingues
RIO DE JANEIRO
A intensa ocupação desde o início da colonização e, principalmente, sediando a capital do país por mais de duzentos anos, contribuíram para a destruição de muitos sítios arqueológicos pré-coloniais no Rio de Janeiro. Mesmo assim, restou o sambaqui de Camboinhas, no município de Niterói, onde foram encontrados vestígios humanos com mais de 7 mil anos.
RIO GRANDE DO NORTE
Xiquexique, Rio Grande do Norte. Image via Ensinar Historia.
O sertão do Seridó abriga os sítios arqueológicos Xiquexique 1 e 2, localizados no município de Carnaúba dos Dantas com pinturas rupestres datadas de 9 mil anos além de petróglifos, gravações executadas na pedra. Na mesma região, está o sítio arqueológico Mirador, em Parelhas. Por seu fácil acesso, estes sítios receberam um fluxo descontrolado de visitas de estudantes, turistas e moradores locais. Para preservar o material arqueológico, foram instaladas escadarias, trilhas, áreas de descanso e plataformas de madeira que permitem contemplar as pinturas rupestres.
RORAIMA
Pedra Pintada, Roraima. Image via Ensinar Historia.
O estado detém importante patrimônio arqueológico, que inclui gravuras e pinturas rupestres, que compõem os 87 sítios cadastrados pelo IPHAN. Entre eles, encontra-se, no município de Pacaraima, o sítio da Pedra Pintada (não confundir com o sítio homônimo, no Pará). É uma formação rochosa com mais de 35 metros de altura que abriga uma caverna na qual foram encontradas pinturas rupestres, pedaços de cerâmica, machadinhas, contas de colar entre outros artefatos. Por estar no interior da reserva indígena São Marcos, a visitação ao sítio só é concedida pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
SANTA CATARINA
Ilha do Campeche, Santa Catarina. Image via Ensinar Historia.
O IPHAN cadastrou 1.471 sítios arqueológicos no estado. Ali se encontram os maiores sambaquis do mundo, concentrados, principalmente nas cidades de Laguna e Jaguaruna. Destaca-se o sítio arqueológico de Garopaba do Sul, em Jaguaruna, com 30 metros de altura e 200 de diâmetro, e mais de 3.700 anos. Entre os achados encontraram-se restos humanos sepultados e estatuetas de pedra polida, os zoólitos, figuras de animais representadas de maneira estilizada representando em geral baleias, peixes e pássaros. Na Ilha do Campeche, em Florianópolis, encontra-se outro importante sítio arqueológico: um conjunto de inscrições e registros, a maior concentração desse tipo num único sítio arqueológico em todo o litoral brasileiro. São desenhos que lembram flechas e máscaras, símbolos geométricos, um monolito com nove metros de altura e um ponto magnético sinalizado com inscrição rupestre onde as bússolas têm comportamento alterado. O local possui ainda ruínas de armação de baleia, datada de 1772. A Ilha do Campeche foi tombada pelo IPHAN em 2001.
SÃO PAULO
Na área de proteção ambiental de Cananéia-Iguape, no litoral paulista, está o sambaqui da Barra do Rio Itapitangui, sítio arqueológico tombado em 1955. Apresenta-se como pequena elevação arredondada e constituída, exclusivamente, por carapaças de moluscos. É um testemunho da presença de grupos de coletores e pescadores naquela região.
Referências:
FUNARI, Pedro Paulo A. & NOELLI, Francisco Silva. Pré-História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2002.
GASPAR, MaDu. A arte rupestre no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. MARTIN, Gabriela. Pré-História do nordeste do Brasil. Recife: UFPE, 1999.
OLIVEIRA, TENÓRIO, M. Cristina Tenório (org.) Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.
PEREIRA, Edithe. Arte rupestre da Amazônia. São Paulo: Museu Goeldi / UNESP, 2003.
PESSIS, Anne-Marie. Imagens da Pré-História. Parque Nacional Serra da Capivara. São Paulo: Fumdham, 2003
PROUS, André. Arqueologia brasileira. Brasília: UNB, 1992.
PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história de nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
MIGLIACIO, Maria Clara. Patrimônio Arqueológico no Brasil: conceituação, legislação, licenciamento ambiental e desafios. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Este artigo foi escrito por Joelza Ester Domingues e originalmente publicado na página Ensinar História em janeiro de 2016 com o título "Sítios Arqueológicos Pré-Coloniais para Visitar no Brasil". Leia outros artigos da autora aqui.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/781740/sitios-arqueologicos-pre-coloniais-no-brasil (09/02/2016)
RIO DE JANEIRO
A intensa ocupação desde o início da colonização e, principalmente, sediando a capital do país por mais de duzentos anos, contribuíram para a destruição de muitos sítios arqueológicos pré-coloniais no Rio de Janeiro. Mesmo assim, restou o sambaqui de Camboinhas, no município de Niterói, onde foram encontrados vestígios humanos com mais de 7 mil anos.
RIO GRANDE DO NORTE
Xiquexique, Rio Grande do Norte. Image via Ensinar Historia.
O sertão do Seridó abriga os sítios arqueológicos Xiquexique 1 e 2, localizados no município de Carnaúba dos Dantas com pinturas rupestres datadas de 9 mil anos além de petróglifos, gravações executadas na pedra. Na mesma região, está o sítio arqueológico Mirador, em Parelhas. Por seu fácil acesso, estes sítios receberam um fluxo descontrolado de visitas de estudantes, turistas e moradores locais. Para preservar o material arqueológico, foram instaladas escadarias, trilhas, áreas de descanso e plataformas de madeira que permitem contemplar as pinturas rupestres.
RORAIMA
Pedra Pintada, Roraima. Image via Ensinar Historia.
O estado detém importante patrimônio arqueológico, que inclui gravuras e pinturas rupestres, que compõem os 87 sítios cadastrados pelo IPHAN. Entre eles, encontra-se, no município de Pacaraima, o sítio da Pedra Pintada (não confundir com o sítio homônimo, no Pará). É uma formação rochosa com mais de 35 metros de altura que abriga uma caverna na qual foram encontradas pinturas rupestres, pedaços de cerâmica, machadinhas, contas de colar entre outros artefatos. Por estar no interior da reserva indígena São Marcos, a visitação ao sítio só é concedida pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
SANTA CATARINA
Ilha do Campeche, Santa Catarina. Image via Ensinar Historia.
O IPHAN cadastrou 1.471 sítios arqueológicos no estado. Ali se encontram os maiores sambaquis do mundo, concentrados, principalmente nas cidades de Laguna e Jaguaruna. Destaca-se o sítio arqueológico de Garopaba do Sul, em Jaguaruna, com 30 metros de altura e 200 de diâmetro, e mais de 3.700 anos. Entre os achados encontraram-se restos humanos sepultados e estatuetas de pedra polida, os zoólitos, figuras de animais representadas de maneira estilizada representando em geral baleias, peixes e pássaros. Na Ilha do Campeche, em Florianópolis, encontra-se outro importante sítio arqueológico: um conjunto de inscrições e registros, a maior concentração desse tipo num único sítio arqueológico em todo o litoral brasileiro. São desenhos que lembram flechas e máscaras, símbolos geométricos, um monolito com nove metros de altura e um ponto magnético sinalizado com inscrição rupestre onde as bússolas têm comportamento alterado. O local possui ainda ruínas de armação de baleia, datada de 1772. A Ilha do Campeche foi tombada pelo IPHAN em 2001.
SÃO PAULO
Na área de proteção ambiental de Cananéia-Iguape, no litoral paulista, está o sambaqui da Barra do Rio Itapitangui, sítio arqueológico tombado em 1955. Apresenta-se como pequena elevação arredondada e constituída, exclusivamente, por carapaças de moluscos. É um testemunho da presença de grupos de coletores e pescadores naquela região.
Referências:
FUNARI, Pedro Paulo A. & NOELLI, Francisco Silva. Pré-História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2002.
GASPAR, MaDu. A arte rupestre no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. MARTIN, Gabriela. Pré-História do nordeste do Brasil. Recife: UFPE, 1999.
OLIVEIRA, TENÓRIO, M. Cristina Tenório (org.) Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.
PEREIRA, Edithe. Arte rupestre da Amazônia. São Paulo: Museu Goeldi / UNESP, 2003.
PESSIS, Anne-Marie. Imagens da Pré-História. Parque Nacional Serra da Capivara. São Paulo: Fumdham, 2003
PROUS, André. Arqueologia brasileira. Brasília: UNB, 1992.
PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história de nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
MIGLIACIO, Maria Clara. Patrimônio Arqueológico no Brasil: conceituação, legislação, licenciamento ambiental e desafios. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Este artigo foi escrito por Joelza Ester Domingues e originalmente publicado na página Ensinar História em janeiro de 2016 com o título "Sítios Arqueológicos Pré-Coloniais para Visitar no Brasil". Leia outros artigos da autora aqui.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/781740/sitios-arqueologicos-pre-coloniais-no-brasil (09/02/2016)
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