Mulher foi assassinada e mumificada em ritual inca há 500 anos, diz estudo
Mulher foi assassinada e mumificada em ritual inca há 500 anos na América do Sul, diz estudo publicado na revista Plos One. A mulher tinha entre 20 e 25 anos e morreu entre 1450 e 1640 na fronteira entre o Chile e o Peru. Ela apresenta sinais de doença de Chagas e marcas em seu crânio (com formação típica do povo inca) que sugerem que ela foi assassinada Divulgação/Plos One
EFE
A múmia de uma mulher jovem, que teve doença de Chagas, mostra indícios de um forte trauma na cabeça que pode ter sido originado por um homicídio ocorrido em um ritual há cinco séculos na América do Sul, conforme um artigo publicado nesta quarta-feira (26) pela Public Library of Science.
A múmia, achada no litoral do Pacífico, perto da fronteira entre o Chile e o Peru, e que durante quase um século permaneceu sem identificação na Coleção Arqueológica do Estado da Baviera, na Alemanha, foi examinada por Stephanie Panzer, do Centro Murau de Trauma sob a direção do paleontólogo Andreas Nerlich, da Universidade de Munique.
Para entender melhor a origem e a trajetória da mulher, os cientistas examinaram o esqueleto, os órgãos e DNA empregando técnicas da pesquisa antropológica, um escaner computadorizado completo do corpo, análise de isótopos, histologia, identificação molecular e reconstrução legista da lesão.
O método de datação por radiocarbono revelou que a mulher viveu entre 1.450 e 1.640 e, provavelmente, tinha entre 20 e 25 anos de idade quando morreu. As fibras do tecido que cobrem o crânio são de lhama ou alpaca.
Detalhe mostra a espinha intocável com a preservação dos discos lombares. A análise do DNA de parasitas encontrados em amostras de tecido do reto também apontam para a doença de Chagas crônica, uma doença que ela provavelmente tinha desde a primeira infância Divulgação/Plos One
As análises de isótopos de nitrogênio e carbono do cabelo mostraram uma dieta que, provavelmente, incluía milho e peixe, e que corresponde com uma origem e uma vida nas regiões litorâneas.
Além disso, a múmia tinha um engrossamento significativo do coração, o reto e os intestinos, características das pessoas que sofrem da doença de Chagas. Acredita-se que a mulher teve a doença desde a infância.
O crânio da múmia está deformado pelas faixas atadas que são típicas da cultura Inca; e a tomografia computadorizada mostrou uma "destruição quase completa dos ossos do rosto e da testa", acrescentou o estudo.
"O tipo de destruição sugere um golpe enorme no centro do rosto. Isto sustenta a hipótese de um ritual de homicídio do tipo já descrito anteriormente em múmias sul-americanas de indivíduos que sofriam a doença crônica grave", destacou o estudo.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2014/02/26/analise-legista-indica-homicidio-ritual-ha-cinco-seculos-na-america-do-sul.htm (26/02/2014)
EFE
A múmia de uma mulher jovem, que teve doença de Chagas, mostra indícios de um forte trauma na cabeça que pode ter sido originado por um homicídio ocorrido em um ritual há cinco séculos na América do Sul, conforme um artigo publicado nesta quarta-feira (26) pela Public Library of Science.
A múmia, achada no litoral do Pacífico, perto da fronteira entre o Chile e o Peru, e que durante quase um século permaneceu sem identificação na Coleção Arqueológica do Estado da Baviera, na Alemanha, foi examinada por Stephanie Panzer, do Centro Murau de Trauma sob a direção do paleontólogo Andreas Nerlich, da Universidade de Munique.
Para entender melhor a origem e a trajetória da mulher, os cientistas examinaram o esqueleto, os órgãos e DNA empregando técnicas da pesquisa antropológica, um escaner computadorizado completo do corpo, análise de isótopos, histologia, identificação molecular e reconstrução legista da lesão.
O método de datação por radiocarbono revelou que a mulher viveu entre 1.450 e 1.640 e, provavelmente, tinha entre 20 e 25 anos de idade quando morreu. As fibras do tecido que cobrem o crânio são de lhama ou alpaca.
Detalhe mostra a espinha intocável com a preservação dos discos lombares. A análise do DNA de parasitas encontrados em amostras de tecido do reto também apontam para a doença de Chagas crônica, uma doença que ela provavelmente tinha desde a primeira infância Divulgação/Plos One
As análises de isótopos de nitrogênio e carbono do cabelo mostraram uma dieta que, provavelmente, incluía milho e peixe, e que corresponde com uma origem e uma vida nas regiões litorâneas.
Além disso, a múmia tinha um engrossamento significativo do coração, o reto e os intestinos, características das pessoas que sofrem da doença de Chagas. Acredita-se que a mulher teve a doença desde a infância.
O crânio da múmia está deformado pelas faixas atadas que são típicas da cultura Inca; e a tomografia computadorizada mostrou uma "destruição quase completa dos ossos do rosto e da testa", acrescentou o estudo.
"O tipo de destruição sugere um golpe enorme no centro do rosto. Isto sustenta a hipótese de um ritual de homicídio do tipo já descrito anteriormente em múmias sul-americanas de indivíduos que sofriam a doença crônica grave", destacou o estudo.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2014/02/26/analise-legista-indica-homicidio-ritual-ha-cinco-seculos-na-america-do-sul.htm (26/02/2014)
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