Será que estamos a repetir a história dos Maias?
Isabel Palma
A civilização Maia abandonava as terras desgastadas e ocupava outros locais para iniciar novas explorações de recursos. O arqueólogo Richard Hansen refere que a história da civilização Maia é a melhor analogia com a sociedade actual.
A desflorestação, consumo excessivo e consequente esgotamento dos recursos naturais não só são características da nossa sociedade como também da civilização Maia. Estes são alguns dos factores que levaram ao desaparecimento desta civilização.
A história Maia é a melhor analogia possível da sociedade actual. “Estamos a repetir a história” assegura Richard Hansen, arqueólogo da Universidade Estatal de Idaho e presidente da Fundação para a Investigação Antropológica e Estudos do Meio Ambiente (FARES).
Os acontecimentos climáticos extremos, a propagação de doenças, a poluição e o aumento da pobreza e seca são o sinal das alterações climáticas provocadas pelo Homem. “São os produtos da nossa própria loucura” afirma John Kermond, antigo director do programa de comunicação da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
A civilização Maia abandonava as terras desgastadas e ocupava outros locais para iniciar novas explorações de recursos. A produção de cal para as pirâmides provocou a desflorestação de grandes áreas. “Foi um consumo extraordinário de cal. Por exemplo, apenas a cobertura da pirâmide de Tigre, exigiu o desaparecimento de 1630 hectares de floresta, necessária para manter os 900ºC que possibilitam a conversão de calcário em cal”, indica Hansen que estuda à 30 anos os templos da civilização Maia.
A desflorestação provocou a sedimentação do barro natural no subsolo o que arruinou a produtividade dos campos agrícolas maias. “Ficaram sem nada.”
Os Maias provocaram uma mudança climática regional mas “a nossa é global e afectará 6000 milhões de pessoas. Para onde iremos depois? Já não temos mais território”, alerta a presidente da Fundação da Floresta Tropical da Guatemala e da Fundação da Floresta Tropical da Florida.
Curiosamente o território ocupado pela civilização Maia que se estende do México às Honduras, continua a ser um dos mais vulneráveis às alterações climáticas. As razões indicadas por Kermond são a forte dependência da agricultura, o aumento ou ausência de chuva e a localização geográfica entre dois oceanos.
“A mensagem que os Maias nos deixam é que temos de cuidar do planeta. Se não fizermos nada iremos chegar ao declínio”, declara a perita da Guatemala. Estudar a história é a “melhor forma de não a repetir.” A arqueologia ajuda a conhecer o passado para entender o presente e projectar o futuro.
Fonte: http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=28068&bl=1 (17/12/2010)
A civilização Maia abandonava as terras desgastadas e ocupava outros locais para iniciar novas explorações de recursos. O arqueólogo Richard Hansen refere que a história da civilização Maia é a melhor analogia com a sociedade actual.
A desflorestação, consumo excessivo e consequente esgotamento dos recursos naturais não só são características da nossa sociedade como também da civilização Maia. Estes são alguns dos factores que levaram ao desaparecimento desta civilização.
A história Maia é a melhor analogia possível da sociedade actual. “Estamos a repetir a história” assegura Richard Hansen, arqueólogo da Universidade Estatal de Idaho e presidente da Fundação para a Investigação Antropológica e Estudos do Meio Ambiente (FARES).
Os acontecimentos climáticos extremos, a propagação de doenças, a poluição e o aumento da pobreza e seca são o sinal das alterações climáticas provocadas pelo Homem. “São os produtos da nossa própria loucura” afirma John Kermond, antigo director do programa de comunicação da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
A civilização Maia abandonava as terras desgastadas e ocupava outros locais para iniciar novas explorações de recursos. A produção de cal para as pirâmides provocou a desflorestação de grandes áreas. “Foi um consumo extraordinário de cal. Por exemplo, apenas a cobertura da pirâmide de Tigre, exigiu o desaparecimento de 1630 hectares de floresta, necessária para manter os 900ºC que possibilitam a conversão de calcário em cal”, indica Hansen que estuda à 30 anos os templos da civilização Maia.
A desflorestação provocou a sedimentação do barro natural no subsolo o que arruinou a produtividade dos campos agrícolas maias. “Ficaram sem nada.”
Os Maias provocaram uma mudança climática regional mas “a nossa é global e afectará 6000 milhões de pessoas. Para onde iremos depois? Já não temos mais território”, alerta a presidente da Fundação da Floresta Tropical da Guatemala e da Fundação da Floresta Tropical da Florida.
Curiosamente o território ocupado pela civilização Maia que se estende do México às Honduras, continua a ser um dos mais vulneráveis às alterações climáticas. As razões indicadas por Kermond são a forte dependência da agricultura, o aumento ou ausência de chuva e a localização geográfica entre dois oceanos.
“A mensagem que os Maias nos deixam é que temos de cuidar do planeta. Se não fizermos nada iremos chegar ao declínio”, declara a perita da Guatemala. Estudar a história é a “melhor forma de não a repetir.” A arqueologia ajuda a conhecer o passado para entender o presente e projectar o futuro.
Fonte: http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=28068&bl=1 (17/12/2010)
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