Cirurgia de crânio mais antiga da América do Norte data de pelo menos 3.000 anos, aponta pesquisadora
Descoberta aponta que o homem sobreviveu por pelo menos um ano após o procedimento
REDAÇÃO GALILEU - 03 ABR 2022
Apresentada pela bio-arqueóloga Diana Simpson, da Universidade de Nevada, Las Vegas, durante a reunião anual da Associação Americana de Antropólogos Biológicos, a análise dos restos mortais de um homem que viveu há no mínimo 3.000 anos e no máximo 5.000, indica a descoberta do caso mais antigo de cirurgia de crânio da América do Norte.
Segundo a pesquisadora, os danos ao redor da abertura oval do crânio deste homem indicam que alguém raspou aquele pedaço de osso, provavelmente para reduzir o inchaço cerebral causado por um ataque violento ou uma queda grave - cenários que também explicam as fraturas e outras lesões identificadas acima do olho esquerdo do homem, além de no braço esquerdo, na perna e na clavícula.
Outro ponto que chama a atenção na análise da cientista é o crescimento ósseo nas bordas da abertura do crânio. Segundo Simpson, ele indicaria que o homem viveu por até um ano após a cirurgia.
Itens identificados no seu túmulo apontam ainda que, provavelmente, se tratava de um xamã e que a cirurgia poderia fazer parte de algum ritual. Entre os objetos ritualísticos enterrados como este homem estavam alfinetes de osso afiados e ossos modificados de veado e peru, que podem ter sido usados como ferramentas de tatuagem.
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