Sítio arqueológico é aberto em Médici

O sítio arqueológico “Mirante”, localizado no distrito de Novo Riachuelo, em Presidente Médici está aberto para visitação pública, num trabalho conjunto do IPHAN, Prefeitura de Presidente Médici e Associação Amigos de Riachuelo.

Segundo o Superintendente do IPHAN em Rondônia, Beto Bertagna “a região central de Rondônia possui uma alta densidade de sítios arqueológicos de grafismos rupestres diversificados. Acreditamos que a área foi densamente ocupada e utilizada como refúgio e trânsito entre diferentes ambientes, como indicam as teorias que apontam a região como o centro de dispersão dos povos tupi que circulavam por todo o território nacional.”

Só nos últimos três anos , quando começou um trabalho efetivo do IPHAN de registro foram mais de 46 sítios litocerâmicos e 14 de gravuras rupestres nas áreas dos rios Machado, Molim, Leitão e Riachuelo.

Para a arqueóloga Maria Lúcia Pardi, do IPHAN, “este é um pedacinho do Brasil que foi descoberto e que precisa ser preservado, pois representa um tesouro cultural de valor inestimável.”

Pardi esteve à frente do projeto desde sua implantação e vê com alegria a organização da comunidade, que agora pode se articular para receber recursos federais, estaduais e municipais para a preservação do patrimônio, explorando-o de forma controlada e responsável.

Pesquisas
A Prefeitura e o IPHAN estão preparando a região para futuras pesquisas arqueológicas, num trabalho de conscientização dos produtores rurais, formação de guias turísticos e construção de passarelas com acesso para cadeirantes. O processo natural de fraturamento e desplacamento dos painéis é acelerado pelo calor solar e pelas queimadas. A decomposição das gravuras é acelerada quando são colocadas as mãos sobre elas, quando preenchidas com giz ou molhadas com água, para se destacarem mais em fotografias. Qualquer tipo de interferência física ou química é prejudicial, como o pisoteio e o estrume do gado, por isso a necessidade de cercamento e proteção dos sítios.

Outro aspecto fundamental é que estes vestígios demonstram a necessidade dos antepassados em se comunicar, realizar rituais e deixar suas marcas identitárias para os povos do futuro, que no caso, somos nós. “É uma grande oportunidade para mudarmos a economia do local, que sai do modelo agropecuário somente, para a economia cultural auto-sustentável”, concluiu Bertagna.

Fonte: www.diariodaamazonia.com.br/diariodaamazonia/ (12/07/2010)

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