Por uma arquelogia brasileira e cearense com fundamentos

História precisa ser pesquisada e redigida com racionalidade, a partir de fundamentos. O trabalho atualmente sob execução no Estado do Rio pode, portanto, ser aplicado como modelo para outros estados.

Da matéria de agência de notícias, “Patrimônio] Rio tem 962 sítios arqueológicos e 140 em projeto” (Editoria Brasil, página 15), na edição de sexta-feira passada, 15, do O POVO, conclui-se que existe uma atenção prioritária com o setor, aplicada naquele Estado. O testo refere-se, primordialmente, a sambaquis, os quais podem ser comparados a uma versão mais rudimentar para os indígenas brasileiros do que foram no Egito e no México e América Central antigos, as pirâmides.

Os sambaquis, formações de areia na superfície, as quais para os leigos parecem naturais, mas que foram concebidas pelo homem primitivo, são verificados mais comumente no litoral brasileiro de Torres, no Rio Grande do Sul, até Cabo Frio, no Estado do Rio. A partir daí, têm maior esporadicidade, sendo constatados nas costas da Bahia, Piauí, Maranhão e Pará. Faltam evidências no Ceará, o que pode ser um campo inédito para pesquisadores.

O que pode ser deduzido na matéria supracitada é que, ao que tudo indica, existe no Estado do Rio uma arqueologia com resultados. Muitas vezes, há entre os especialistas da área obsessões que ficam sem comprovações. Por exemplo, de mais de 50 anos para cá, historiadores bem-intencionados escreveram sobre a possibilidade de que o primeiro ponto avistado por navegadores europeus no Brasil foi o Mucuripe e o pré-descobridor, Vicente Pinzón. O espanhol se tornou até nome de bairro em Fortaleza. Pode ser que os cronistas tenham razão. Mas, a questão foi desdobrada por terceiros em bairrismo, enquanto outros tornaram-se visionários da ideia de que algum ponto da capital cearense ou do Estado conte com evidência ou vestígio arqueológico de Pinzón. Existe até quem sugira o nome do castelhano como fundador simbólico de Fortaleza, para quem, de maneira nenhuma, teria deixado nem pedra fundamental.

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/07/16/noticiaopiniaojornal,2268134/b-por-uma-arquelogia-brasileira-e-cearense-com-fundamentos-b.shtml (16/07/2011)

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